No período de outono e inverno, a tangerina Ponkan tem sido uma ótima fonte de vitamina C, ajudando na prevenção de gripes e resfriados. Seu consumo in natura tem crescido bastante no Brasil e no mundo, o que indica que a produção desse alimento tem um futuro promissor. Segundo o pesquisador do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica, Extensão Rural (Incaper) Sebastião Gomes, a tangerina Ponkan é considerada uma fruta suculenta, tem forma globulosa e achatada, com casca de espessura fina a média e pouco aderente que, assim como a polpa, apresenta coloração alaranjada.
“Rica em vitamina C, é mais apreciada para o consumo “in natura” por apresentar sabor agradável e facilidade de descascar (easy peeler), o que torna suas características externas, como aparência, firmeza e ausência de defeitos, muito importantes”, destacou Sebastião. Uma das principais características, além de sua cor alaranjada forte, é a facilidade com que sua casca se destaca da polpa de gomos bem definidos. Assim como as demais frutas cítricas, as cascas porosas das tangerinas guardam um óleo essencial muito caldoso e de forte aroma. “O seu conteúdo em fósforo e cálcio favorece o desenvolvimento dos ossos e a presença do magnésio tonifica as articulações e os músculos. É rica em sódio e vitaminas A, B1 e C”, reiterou o pesquisador.
Entre as frutas cítricas, o consumo per capita das tangerinas tem crescido, mas existe um enorme potencial de mercado pela tendência de consumir alimentos saudáveis. As principais cultivares e os híbridos de tangerinas atualmente cultivados no Brasil, por ordem de área plantada, são a tangerina ’Ponkan’ (Citrus reticulata Blanco) (58%), o tangor ’Murcott’, a tangerina ’Cravo’ (Citrus reticulata Blanco) (11%) e a tangerina ’Montenegrina’ (Citrus deliciosa Tenore) (8%).
O Brasil é o terceiro maior produtor de tangerina em âmbito mundial. Outros grandes produtores são a Turquia, o Egito, o Marrocos, o Japão, o Irã, a Itália, a Coréia, os EUA, o Paquistão, o México e a Argentina, segundo informações da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), em 2016. São Paulo é o maior estado produtor, seguido por Paraná, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo.