O maracujá é originário da América Tropical, com mais de 150 espécies nativas do Brasil. A planta possui valor ornamental, devido as suas belas flores. Seu uso principal, no entanto, está na alimentação humana, na forma de sucos, doces, geleias, sorvetes e licores. Na década de 70, a comercialização do produto baseava-se apenas no mercado “in natura”. Nos anos 80, as indústrias extratoras de suco estimularam a expansão da cultura e o mercado do produto industrializado. Na década de 90, a cultura apresenta sua maior expansão em terras paulistas, já que tem sido a alternativa agrícola mais atraente para a pequena propriedade cafeeira. Sua cultura representa uma boa opção, pois o retorno do capital investido é rápido e permite ao produtor, dispor de um capital de giro durante quase o ano todo, variando esse período de acordo com o local de produção, podendo ser de doze meses no Estado do Pará, dez meses na Bahia, sete a nove meses em São Paulo e assim por diante. Ao natural a fruta é rica em minerais como o cálcio, fósforo e ferro. Contém ainda vitaminas A e C e vitaminas do completo B.
Ao maracujá também são atribuídas propriedades medicinais depurativas, sedativas, adstringentes e anti-inflamatórias. Suas sementes atuam como vermífugos. Por essas características, está incluído na monografia da Farmacopeia Brasileira. Acredita-se popularmente que o chá de suas folhas, além de atuar como calmante, é também um antitérmico eficaz e que ajuda no combate às inflamações cutâneas, mas essa ação não tem confirmação científica.