Vistosa, suculenta, macia e perfumada. Adjetivos não faltam quando vamos falar de uma das “frutas” que mais representa a tropicalidade brasileira: o caju. Encontrado com facilidade nas regiões Norte e Nordeste, esse pseudofruto é muito consumido in natura e na forma de sucos, sorvetes, doces e até mesmo em pratos salgados. Ainda verde, o caju é chamado de “maturi” e é muito utilizado no preparo de refogados. Existem cerca de 20 variedades de caju, classificadas segundo a consistência da polpa, formato, paladar e cor (amarela, vermelha ou roxo-amarelada, dependendo da variedade).
O alimento tem baixo valor calórico (apenas 43 calorias) e é uma excelente fonte de vitamina C – nutriente fundamental para o vigor do organismo. Essa vitamina é famosa por ser boa para a saúde oftalmológica, contribuir para o bom funcionamento do sistema imunológico e para a produção do colágeno, fundamental para manutenção de uma pele saudável. Aliado a isso, a vitamina C também contribui para a absorção do ferro e é um nutriente antioxidante. De acordo com a Tabela Brasileira de Composição de Alimentos (Taco), 100 gramas de caju cru possuem 219,3 miligramas de vitamina C.
A árvore que dá origem ao caju é chamada de cajueiro e é nativa da região litorânea do País. Ramificada, possui tronco inclinado que pode dar muitas voltas. Sua copa é arredondada e as folhas e galhos podem até alcançar o solo.
A colheita do caju acontece, normalmente, de julho a dezembro e, em alguns casos, se estende até maio. Sua produção é de extrema importância para o semiárido nordestino, dado seu destaque econômico, social, cultural e ambiental. A cajucultura é uma das poucas atividades agrícolas que não necessita de grandes quantidades de chuva e cuja produção se concentra na entressafra. Graças a essas características, o caju pode ser encontrado em abundância no Nordeste. De acordo com dados da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), 95% da produção nacional concentra-se nos estados do Ceará, Piauí, Rio Grande do Norte e Bahia.