Teresina – A cajuína do Piauí agora tem Indicação Geográfica (IG), concedida pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) e agora é Patrimônio Cultural Brasileiro, um reconhecimento do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Os títulos foram entregues nesta semana no Sebrae no Piauí.
O título de Indicação Geográfica foi entregue ao produtor José de Ribamar Rodrigues, presidente da União das Associações, Cooperativas e Produtores de Cajuína do Piauí (Procajuína), que será responsável por administrar e fiscalizar o uso dessa distinção. Já o título de Patrimônio Cultural Brasileiro foi entregue ao empresário Lenildo Lima, presidente da Cooperativa de Produtores de Cajuína do Estado do Piauí, Cajuespi.
“Tanto a IG como o título do Iphan são conquistas importantes para a cajuína do Piauí. O trabalho da IG iniciou em 2008, quando o Sebrae Nacional lançou um edital para apoiar iniciativas dessa natureza. Apresentamos dois projetos: um da cajuína e outro da opala. Para chegarmos a essa conquista, foi um trabalho árduo, que contou com a ajuda de diversas entidades parceiras. Hoje, temos um qualificador para a nossa cajuína, o que com certeza contribuirá para que esse produto chegue a novos mercados”, comentou o diretor superintendente do Sebrae no Piauí, Mário Lacerda.
Para a superintendente do Iphan no Piauí, Claudiana dos Anjos, o Sebrae é um importante parceiro, que tem somado nas ações voltadas para a valorização da cajuína no Estado. “Foi graças ao esforço dos produtores e ao trabalho do Sebrae que o título de Patrimônio Cultural Brasileiro virou realidade. A cajuína agora é um bem cultural registrado e o desafio agora é fortalecer ainda mais esse produto, tornando-o mais valorizado e conhecido”, destacou.
O evento também contou com as palestras A História da Cajuína no Piauí e seu Processo de Registro como Patrimônio Cultural Brasileiro, que foi proferida pelo técnico do Iphan Ricardo Augusto; e O Processo de Indicação Geográfica da Cajuína do Piauí, com a analista do Sebrae Nacional e representante do INPI, Hulda Giesbrecht.
“É muito gratificante saber que em 2008 apostamos em uma ideia que deu certo. Estamos há vários anos construindo a IG no Brasil. Atualmente, são 42 indicações. O grande diferencial da Cajuína do Piauí é que, além da IG, ela é reconhecida como Patrimônio Cultural, sendo uma das únicas do país a ter as duas titulações. A expectativa é que esse projeto se fortaleça ainda mais”, destacou Hulda Giesbrecht.