A Epagri lançou três novos cultivares de maçã durante o XIV Enfrute – Encontro Nacional sobre Fruticultura de Clima Temperado – realizado em Fraiburgo, entre 28 e 30 de julho. Os produtos foram desenvolvidos pela Estação Experimental da Epagri em Caçador para dar ao produtor opções de ampliar o período de colheita, explica Renato Luis Vieira, Gerente da EECaçador. Além de proporcionar melhor escalonamento da produção, as novas variedades também vão permitir a oferta de maçãs mais frescas ao consumidor durante uma boa parte do ano, explica o Diretor de Pesquisa da Epagri, Luiz Antônio Palladini. Os novos cultivares foram apresentados no Enfrute a um público de cerca de mil pessoas, formado por produtores, acadêmicos e pesquisadores. A apresentação foi realizada por Frederico Denardi, melhorista genético de macieiras da Epagri aposentado, que desenvolveu as tecnologias. O cultiva SCS425 Luiza apresenta potencial de exploração com rentabilidade econômica no Meio-Oeste e Planalto Norte de Santa Catarina, pois se adapta bem em regiões menos frias. É uma planta que resiste à macha foliar da glomerella (MFG) e tem boa tolerância à podridão amarga e ao oídio, com alto potencial produtivo e custo de produção reduzido. Os frutos têm coloração vermelho-escarlate bastante atrativa, polpa muito crocante e suculenta, de fácil mastigação. As maças Luiza têm alto teor de açúcares e baixa acidez, além de sabor doce, adequado à preferência do consumidor brasileiro. Já o cultivar SCS426 Venice tem época de maturação entre os tradicionais cultivares Gala e Fuji, sendo assim uma boa opção para gerenciar o escalonamento da colheita no Sul do Brasil e otimizar o uso da escassa mão de obra disponível. Sua alta capacidade de armazenagem é outra vantagem, pois permite disponibilizar aos consumidores frutas de alta qualidade durante a entressafra. Produz frutas vermelho-carmim, doces, firmes, crocantes e muito suculentas. O terceiro cultivar lançado pela Epagri, o SCS427 Elenise, tem como uma das principais vantagens a época de maturação, bastante tardia, ocorrendo até um mês a pós a Fuji. Torna-se assim uma opção promissora para a ampliação da janela de colheitas de mação no Brasil até maio.